top of page

Identidade e patrimônio histórico estimulam interações no Seminário Internacional das Missões

Segundo dia do evento contou com mesa de palestras e apresentação sobre o tapete sensorial do padre Roque Gonzales


Foto colorida das pessoas conferindo os materiais usados no tapete sensorial do padre Roque Gonzales
Materiais usados na construção do tapete sensorial foram apresentados ao público - Foto: Assessoria de Comunicação do Seminário Internacional das Missões

O V Seminário Internacional de História, Educação e Turismo da Região das Missões teve um segundo dia marcado por palestras e apresentações sobre a identidade e o património histórico regional. Além disso, o encontro contou com a apresentação de artistas paraguaios que demonstraram materiais e técnicas utilizadas na produção do tapete sensorial do padre Roque Gonzales.


Na manhã desta quinta-feira, 25 de abril, o segundo turno continuou com uma encenação sobre a história da redução do Caaró, realizada pelos alunos da Escola Nossa Senhora Conquistadora, de Caibaté. Em seguida, a mesa de palestras “Arte, Cultura e Identidade Missioneira” reuniu diferentes pesquisadores e especialistas em temas que dialogam com aspectos históricos, pedagógicos e turísticos das Missões.


Primeiro a falar, o professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Edison Hüttner contou detalhes sobre suas pesquisas que mostram a prática da astronomia na época das Missões e a descoberta de um manuscrito jesuíta do Século XVIII. Em seguida, a professora da Universidade de Passo Fundo (UPF), Jacqueline Ahlert abordou a necessidade de valorizar o patrimônio material, inclusive, com a valorização da arte produzida pelos indígenas.


Professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Odailso Berté descreveu o trabalho realizado para entender as dinâmicas de produção das danças Guarani, no contexto da aldeia Tekoa Koenju, de São Miguel das Missões. A questão da cultura e identidade indígena também esteve presente na apresentação de Júlio Ricardo Quevedo, também docente da UFSM. De acordo com ele, é necessário entender o modo como os indígenas e o processo de colonização se desenvolveu e interferiu nas representações produzidas atualmente na região.


Também participou da mesa o professor da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e servidor da 35° Coordenadoria de Educação (CRE) do RS, Rodrigo Maurer, que comentou sobre suas pesquisas acerca de minorias étnicas no Paraguai colonial. Professor e coordenador da Cátedra Unesco/UFSM, André Luís Ramos Soares fechou as palestras da manhã destacando o potencial do turismo arqueológico nas Missões. O encerramento do segundo turno ocorreu após uma apresentação do coral Mbyá Guarani de São Miguel das Missões: "Jerojy Mbaete”.


Terceiro Turno: Patrimônio histórico e tapete sensorial


Na parte da tarde, as atividades retornaram com uma palestra com o tema: “Caaró: História e Fé”, realizada pelo professor e historiador Sergio Venturini e o irmão jesuíta Celso Schneider, guardião do Santuário do Caaró. Logo após foi feita a abertura da mesa de palestras “Patrimônio Cultural Missioneiro”.


Professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Darlan de Mamann Marchi explicou os processos de patrimonialização, conceito utilizado pelo pesquisador para descrever o modo como o patrimônio histórico vem a ser reconhecido dessa forma. Segundo palestrante da mesa foi Filipi Gomes de Pompeu, arqueólogo e chefe do escritório do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em São Miguel das Missões. Na oportunidade, Filipi apontou alguns detalhes sobre o trabalho de preservação do Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo.


As questões indígenas seriam novamente abordadas através da apresentação do professor e historiador Anderson Amaral Schmitz. Membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Luiz Gonzaga (IHGSLG), Anderson falou sobre o processo de criação do memorial missioneiro de Chrisanto Neranda, indígena que viveu nas reduções da região. Docente do Instituto Federal Farroupilha (IFFar), Amilcar Guidolim encerrou a mesa tratando sobre o centenário da coluna Prestes e a relação com as Missões.


Um dos momentos mais aguardados do evento, a apresentação sobre o tapete sensorial do padre Roque Gonzales proporcionou uma experiência de contato com alguns materiais e elementos da obra que fica em Encarnación, no Paraguai. A amostra sobre o tapete foi coordenada pelos artistas visuais José Quevedo e Liliana Sykora, em conjunto com a coordenadora Câmara Paraguaia de Turismo das Rotas Jesuíticas, Olga Fisher.


Além de revelar detalhes sobre a produção do tapete, que possui 6 metros de altura e quatro de largura, os artistas fizeram uma demonstração do “cocido”, bebida tradicional paraguaia feita a partir da queima de erva mate. O encerramento do Seminário Internacional das Missões foi oficialmente decretado após nova apresentação do CTG Sentinelas do Caaró, desta vez com a presença da invernada mirim da entidade.


O V Seminário Internacional de História, Educação e Turismo da Região das Missões foi organizado e promovido pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Turismo (SMECT) de Caibaté, em parceria com a Cátedra Unesco, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e a Trilha dos Santos Mártires. O evento contou com o apoio de entidades locais, como o Sicredi e a Cermissões, que cedeu o espaço para a realização das atividades.


Fotos do terceiro turno do Seminário - Assessoria de Comunicação - Seminário Internacional das Missões


Imagens das programações desta quinta pela manhã no Seminário - Assessoria de Comunicação - Seminário Internacional das Missões




Texto: Assessoria de Comunicação - Seminário Internacional das Missões


79 visualizações0 comentário
bottom of page